12 de Março é aniversário de Olinda e Recife

Os sinos ecoam mais sonoros, os clarins soam mais alto, o frevo é mais contagiante e a alegria é mais envolvente, neste sábado nas duas mais antigas cidades de Pernambuco. 12 de Março é aniversário de Olinda e Recife – 476 anos e 474, respectivamente.
Nas fotos, cartões postais de Olinda (Igreja da Sé e caixa d’água) e Recife (Praça do Marco Zero e bairro do Recife).
As celebrações oficiais e populares são as mais diversas. As reflexões sobre a memória, o presente e o futuro também não devem ser esquecidas.
Mas, o que vale mais, neste sábado, é a comemoração. Poder público, organizações sociais e principalmente o povo, respiram uma só atmosfera: festa. Independente desse clima, um pouco de informação histórica. Reproduzimos texto publicado no site da Prefeitura da capital: www.recife.pe.gov.br.
HISTÓRIA.
RECIFE – Em 12 de março de 1537 exatamente, a capital do estado de Pernambuco, Recife, era fundada. Na época, Recife era uma pequena colônia de pescadores. O nome foi escolhido por causa dos arrecifes – rochedos de coral e arenito formando uma muralha natural que circundam todo seu litoral. Localizada na foz dos rios Capibaribe e Beberibe, Recife ficou conhecida como a Veneza brasileira, em alusão à cidade italiana com inúmeros canais e pontes atravessando seus rios.
Por ser uma cidade litorânea, logo foi construído um porto, utilizado por Olinda, na época, capital da Capitania, para escoar a produção de açúcar. O núcleo primitivo urbano da Cidade nascido com o Porto do Recife era constituído originalmente por conjunto de estreitas ilhas e camboas, resultantes das ações de depósito trazidos pelos rios e pelas correntes marítimas e do aterro de manguezais, em diversos momentos da história.
Até a chegada dos holandeses (1630), Recife dependia de Olinda – local de moradia da aristocracia do açúcar. Os invasores preferiram se estabelecer nas terras baixas do Recife, seja porque o sítio de Olinda não favorecia aos seus interesses militares e comerciais, seja pela semelhança do sítio do Recife com as terras da Holanda. A ocupação foi sendo feita por soldados, colonos, habitantes de Olinda (incendiada pelos holandeses) e por imigrantes judeus.
A intervenção holandesa (1637-1654) foi um fator decisivo para o direcionamento dos três eixos de urbanização da parte central do Recife, com a construção de fortes e redutos para impedir os ataques por terra e, também, através da intervenção planejada de Maurício de Nassau. O primeiro eixo seguiu em direção ao norte do bairro do Recife, no caminho para Olinda, onde atualmente, encontra-se a Fortaleza do Brum e a fábrica de biscoitos Pilar. O segundo eixo atravessou o rio Capibaribe e ocupou a ilha de Antônio Vaz, atuais bairros de Santo Antônio e São José. Ainda durante século XVII, construiu-se a Fortaleza das Cinco Pontas e a ligação por dique, deste forte ao Aterro dos Afogados, atual Rua Imperial. O terceiro configurou-se nos meados do século XVIII a partir da implantação do aterro da Boa Vista, na margem esquerda do Capibaribe, contornado a Rua da Imperatriz e, na parte mais firme, o bairro da Boa Vista.
(Fotos dos sites www.olinda.pe.gov.br e www.recife.pe.gov.br)

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